Com fotografias e peças digitais, artista da Urban Arts valoriza a arquitetura e a natureza em obras que prezam pela proporcionalidade

ESCADA DE EMERGÊNCIA, por Martiniano Ferraz
A arte pode atender a diferentes anseios, seja como uma forma de manifestar inquietação, realizar crítica, prestar homenagem ou simplesmente eternizar um momento. Para o artista da Urban Arts, Martiniano Ferraz (49), por exemplo, a principal função está relacionada à sua capacidade de comunicar.
“Eu vejo a arte como um veículo de comunicação e expressão, onde cada artista se utiliza dela para externar a sua maneira de ver o mundo. Então, na sociedade contemporânea, o papel da arte é deixar um registro do que acontece no mundo, com as técnicas disponíveis até o momento, para que as gerações futuras possam entender como era a sociedade na nossa época”, reflete Ferraz.

AÇO E VIDRO, por Martiniano Ferraz
Nascido em Garanhus – PE, Martiniano Ferraz mudou-se ainda na infância para Recife junto da família, cidade onde vive até hoje. E foi na capital pernambucana, com o incentivo dos parentes, que o artista começou a desenvolver seu talento.
“Já na infância, eu gostava de desenhar e pintar. Na escola, as atividades usando tinta e cola colorida me estimulavam a criar e a desenvolver o meu senso estético. Em casa, eu também fazia pinturas e desenhos junto com meus irmãos para dar de presente aos meus pais e minha avó materna. Ele os admiravam, elogiavam-me e guardavam tudo em pastas que existem até hoje”, relembra.

CHUVA NA CIDADE GRANDE (PB), por Martiniano Ferraz
Na juventude, os desenhos à mão livre foram dando espaço aos desenhos técnicos e à fotografia. Carros, aviões, casas e edifícios eram os temas preferidos do artista, que logo após o ensino médio decidiu cursar Arquitetura e Urbanismo, área em que se formou e consolidou sua carreira. O grande encontro com sua paixão, no entanto, aconteceu de forma despretensiosa, durante momentos de lazer e viagens de férias.
“Eu comecei a criar arte de uma forma muito espontânea. Durante viagens de férias, eu costumava fotografar tudo que eu julgava ser belo e digno de ser apreciado. Mesmo sem ter qualquer intenção, a princípio, de comercializar as fotos, fazia todas com muito cuidado ao enquadrar o assunto a ser fotografado, resultando em composições bastante equilibradas. Com a ajuda da internet, livros e revistas, logo aprendi a fotografar de forma manual, abandonando de vez o modo automático”, explica Martiniano.

ESTAÇÃO DO ORIENTE – LISBOA, por Martiniano Ferraz
Admirador do trabalho do fotógrafo Sebastião Salgado e da artista plástica Beatriz Milhazes, Martiniano Ferraz produz obras relacionadas ao universo da arquitetura e natureza, mesclando a técnica manual com recursos digitais de edição.
“Em alguns trabalhos eu utilizo recursos digitais de edição, onde através de cópias, rebatimentos, sobreposições e outros efeitos vou transformando a fotografia, por vezes, chego a imagens geométricas e abstratas. Me interessei também pelas artes digitais e durante o isolamento devido à pandemia, aproveitei para me aperfeiçoar nessa técnica”, relata.

MULHERES NAS RUAS DE FLORENÇA – ITÁLIA, por Martiniano Ferraz
Desde 2017, o #UArtist deixou de lado a carreira como arquiteto e se dedica exclusivamente a criação de artes digitais e fotografia. Ferraz relembra que o ponto de partida foi após conhecer a Urban Arts.
“Em 2015, um amigo meu me falou da Urban Arts. Fiquei animado com a possibilidade de divulgar aquelas milhares de fotos que eu tinha guardadas em meu computador, mas que só eu as via. Então, selecionei algumas para a curadoria da marca e logo tive as primeiras fotos aprovadas. Rapidamente aconteceram vendas. A partir daí, a fotografia deixou de ser apenas um hobby para mim e se tornou também uma fonte de renda”, reflete o artista, que já conta com mais de 2mil obras disponíveis no acervo da galeria.

PALÁCIO DAS ARTES – BH – II, por Martiniano Ferraz
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