Experimentação e abstracionismo guiam criações do Atelier Flamingo

O artista paulista Dan Ribeiro tem como fonte de inspiração a observação atenta no cotidiano e paisagens naturais

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A experimentação pode ser considerada um dos principais pilares da arte do Atelier Flamingo, nome escolhido pelo arquiteto paulista Dan Ribeiro, de 29 anos, para a criação de suas obras.  Com um estilo abstrato, explorando cores vibrantes e formas geométricas, o processo produtivo do artista é visto por ele mesmo como “de fases”.

“Minha arte é bem de fases! Quando comecei a publicar, eu estava muito obcecado por colagens. Depois passei para marcadores, tinta acrílica, nanquim e guache. Na hora de digitalizar, acabava criando em cima do que tinha desenvolvido no papel. Recentemente comprei um iPad e ando experimentando bastante. Não gosto de me prender a uma técnica ou outra. Essa é a graça pra mim, a constante experimentação”, conta Ribeiro.

Apaixonado por tudo que envolve criação, Ribeiro faz arte desde que se conhece por gente, e a literatura, o cinema, a música e a fotografia são seus companheiros de longa data. “Tem gente que não concorda, mas eu acho que arte hoje em dia é toda e qualquer forma de expressão da criatividade. Qualquer pessoa que queira se expressar seja pela pintura, música, desenho, vídeo, escultura, poesia, é direito dela, é a verdade dela, é arte”, comentou em entrevista exclusiva ao blog da Urban Arts.

Entre suas inspirações, o artista paulista aponta os trabalhos da mexicana Luisa Salas (@holalou), da multidisciplinar Shira Barzilay (@koketi), além dos franceses do Atelier Bingo (@atelier_bingo). No entanto, sua maior fonte de criatividade vem do olhar atento ao movimento e cenários de seu cotidiano.

“Quando se tem um olhar atento, tudo pode ser uma fonte de inspiração no dia a dia. Acabo traduzindo qualquer inspiração pra uma linguagem abstrata, seja por meio de formas geométricas ou orgânicas, por exemplo, uma paleta de cores que achei interessante, traço, linhas, etc. Mas a inspiração vem desde a natureza e o verde, pelo fato de ter morado muito tempo no interior, a alguma pessoa que vi na rua usando uma camiseta legal.  Se alguma coisa me atrai, eu acabo catalogando ela na cabeça”, revela.

E foi exatamente devido ao seu olhar atento que Ribeiro conheceu a Urban Arts enquanto andava pelas ruas de São Paulo. “Eu estava caminhando na rua com um amigo, vi uma loja Urban Arts na Oscar Freire e entramos lá! Fiquei curioso pra saber sobre como funcionava a galeria, pesquisei também na internet e cá estamos!”, conta o artista – que hoje conta com cerca de 30 obras à disposição na plataforma.

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